Em Brasilia o governador José Roberto Arruda aparece recebendo maços e maços de dinheiro vivo, de procedência mais que duvidosa. A gravação de tudo foi feita pelo secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa Rodrigues, em seu gabinete, no dia 15 de outubro.
Arruda aparenta algum desconforto e vacila em receber os recursos em mãos , mas logo acha um saÃda: o dinheiro acaba colocado em um envelope e levado pelo motorista até o carro do governador. Na mesma conversa, Arruda também pede emprego para um filho e ajuda para contratação de empresas de amigos. Que tempos! Que costumes!
E os diálogos?
– Deixa eu pegar um negócio aqui antes que eu me esqueça – diz Durval, que se levanta do sofá e logo retorna com o dinheiro, que entrega ao governador. – Você lembra disso aqui?
– Ah! Ótimo. Você podia me dar uma cesta, um negócio aqui – responde Arruda. Durval se levanta e vai a té sua mesa enquanto o governador prossegue: – Eu tô achando que você podia passar lá em casa porque descer com isso aqui é ruim.
Bem, o resto é o que se sabe e circula em vÃdeos postados em sites, blogs e portais paÃs e mundo afora. E as desculpas e justificativas desavergonhadas de praxe…
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Na Bahia é o “Expresso da Propina”, interrompido em plena viagem, conduzindo seus passageiros de conversas e acordos suspeitos , lesivos e desonrosos, cheios de códigos e estranhas paradas e encontros marcados na Assembéia Legislativa da Bahia e no refinado restaurante Barbacoa.
Nenhuma letra consegue retratar tão bem este desolador estado de coisa nas relações atuais de polÃticos, empresários e administradores públicos, quanto “Cambalache”, o tango argentino de Discépulo, interpretado pelo baiano Caetano Veloso, que Bahia em Pauta escolheu como música para terminar este domingo. Confira.
(Vitor Hugo Soares)