Espigões se multiplicam, favelas também
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Deu na Terra Magazine
“Na madrugada é mais visÃvel. São centenas de ônibus e carros que levam e trazem operários e diretores para fazerem funcionar o COPEC, o CIA, a Ford, a Refinaria de Mataripe e o Temadre. Fico imaginando quanto custa esta frota rodando e parada e quantas horas perdem seus funcionários diariamente dentro destes veÃculos, expostos a acidentes. O custo Salvador tem muito a ver com a falta de planejamento.
A Grande Salvador reúne 13 municÃpios, tem 4.375 km2, onde vivem quatro milhões de habitantes e é responsável por metade do PIB do estado. A Pequena Salvador tem 7,41% desta área, mas é onde se concentra 81% da população da metrópole. Por aà se pode compreender porque Salvador se transformou em um aglomerado de espigões e favelões, que avança sobre seus últimos verdes. Isto explica também sua pobreza estrutural. Toda atividade industrial está fora de Salvador e ela é responsável por fornecer habitação, transporte, saneamento, saúde, educação, cultura e lazer a cerca de 1,5 milhões de habitantes que geram riqueza e impostos em benefÃcios de outros municÃpios. Só Camaçari tem um PIB de quase metade do de Salvador e muito pouco custo com seu exercito de operários”.
Estes são os dois parágrafos iniciais do artigo do arquiteto Paulo Ormindo de Azevedo, professor titular da Universidade Federal da Bahia e Presidente do Dep. da Bahia do Instituto de Arquitetos do Brasil, publicado nesta segunda-feira, 2 de Novembro. Com o tÃtulo “A Grande e a Pequena Salvador”, é um texto denso, informativo e reflexivo sobre verdades geralmente erscondidas sob as sombras dos cada dia mais graves contrastes sociais, polÃticos, administrativos e habitações da terceira maior cidade do PaÃs e sua chamada região metropolitana.
Merece leitura completa e atenta, além de séria reflexão e debate dos que moram, passam ou governam a cidade da Bahia e seu entorno. Vale até aproveitar este Dia de Finados para reflexão. Antes, talvez, que seja tarde demais.
(Postado por Vitor Hugo Soares)
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Leia Ãntegra do artigo de Paulo Ormindo na Terra Magazine: ( www.terramagazine.com.br )