France Telecom: suicidios em série
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Deu no La Nacion ( de Madri)
Louis-Pierre Wenes, diretor adjunto de France Télécom e considerado pelos sindicatos franceses o principal responsável pela escalada de suicídios que mina a empresa , apresentou segunda-feira, 5, seu pedido de demissão. O diretor da companhia, Didier Lombard, aceitou o pedido sem impor nenhum reparo.
Depois, os empregados da operadora telefônica receberam uma mensagem de correio eletrônico na qual seu já ex-chefe os informava da razões de sua partida: “Nada justifica que um homem ou uma mulher ponha fim a seus dias. Não posso aceitar. Nem agora nem nunca”.
Há alguns dias, Wenes se queixava , algo depreciativo, no semanário Le Nouvel Observateur, de que “uma pequena parte dos empregados não consegue mudar de cultura e passar do prefixo telefônico da província, usado a décadas, para o moderno sistema Livebox (marca de router)”.
Semana passada, a ministra de Economía, Christine Lagarde, se reuniu com o responsável máximo da empresa para exigir medidas contra a onda de suicídios. Nos últimos 18 meses, se suicidaram 24 empregados, alguns nas mesmas dependências de trabalho, por não resistirem às pressões. O substituto de Wenes será Stéphane Richard, membro do gabinete da ministra de Economía e próximo do presidente Nicolas Sarkozy.
(Texto traduzido do La Nacion por Vitor Hugo Soares. Mais acima neste blog mais detalhes e uma análise deste caso dos suicídios na França, produzido por Laura Tonhá , do Bahia em Pauta)