Gloria Maria: “Ivete está ótima”
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Segue a procissão de visitas, no Hospital Português, em Salvador, a Ivete Sangalo, depois do parto. Na tarde deste sábado, 3, quem esteve com a cantora baiana que, na noite de ontem,  “ganhou neném” , como dizem os soteropolitanos, foi a jornalista Glória Maria, ex-âncora do Fantástico da TV Globo. A informação é do R7, novo portal na web da Rede Record.
O R7 assinala que Glória contou a site como foi a visita, que durou cerca de uma hora e meia.
– O neném da Ivete é a coisa mais linda do mundo. Ele se parece muito com ela. Mama pra caramba! O Marcelo não para de mamar. Ela me contou que ele passou a noite toda mamando. Ele é comilão. É uma gracinha. Todo delicadinho. E Ivete está ótima e muito feliz.
O filho de Ivete, Marcelo, nasceu na noite de sexta (2), de parto cesárea. O bebê tem três quilos. O pai da criança, o estudante soteropolitano Daniel Cady, acompanhou Ivete Sangalo o tempo todo.
A ex-âncora do Fantástico, segundo R7, chegou no hospital acompanhada do padrinho do bebê e assessor pessoal de Ivete, Raimundo Espinheiras, conhecido como Dito.  A jornalista Gloria Maria, que adotou duas meninas em Salvador, em julho deste ano, disse que já combinou de sair junto com Ivete e as três crianças.
– A gente já combinou que, assim que estiver tudo em ordem, a gente vai sair muito juntas, as duas mamães. Vamos curtir juntas nossa maternidade.
O portal da Record revela ainda que na saÃda do hospital, Glória recebeu a lembrancinha dada a quem visita o bebê: um ursinho de pelúcia sentado em uma cadeira de praia
O Rio de Janeiro, como a Mangueira, é tão grande, que não cabe explicação. Ou cabe?. Confira na música interpretada por Barry, para começar o sábado no Bahia em Pauta com a alegria que ainda permanece em todos os corações.
(Vitotr Hugo Soares)
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Cida Torneros
Do senso de humor carioca, ninguém duvida, e logo que foi anunciada a vitória do Rio de Janeiro na disputa para sediar as OlimpÃadas de 2016, começou a circular na internet, com notoriedade nas bandas dos usuários do twitter, uma frase brincalhona, parodiando o mote da campanha do presidente americano Obama.
– Yes, we “créu”!
Divulgada junto de uma imagem caricaturada que lembra o homem mais poderoso do mundo, mas com as feições modificadas para o saudoso Mussum, humorista carioca que fez parte da turma dos trapalhões.
A frase, galhofeira e oportuna, pelo teor de alegria que invade o povo brasileiro pela vitória em Copenhagem, é reflexo também da utilização pelo próprio presidente Lula, que se referiu ao fato de que agora nós podemos sim realizar a sonhada competição, pela primeira vez na América do Sul, no Brasil e no Rio de Janeiro, ao defender a candidatura emocionada da capital conhecida internacionalmente por suas belezas naturais.
Mas o espirito brincalhão do carioca prevaleceu, e a imagem disseminada no mundo cibernético, lembra também o nosso Pelé, tem um pouco de cada mestiço brasileiro, traz um sorriso feliz e um certo ar de quem teve malandragem suficiente para esperar a sua hora… Afinal, o Brasil ganha o status de paÃs capaz de capitanear um sonho de atletas, empresários, torcedores, governantes, jovens, crianças e idosos que gritam pelas ruas : Sim , nós podemos!
(Cida Torneros, jornalista e escritora, mora no Rio de Janeiro e edita o Blog da Mulher Necessária, onde o texto foi publicado originalmente: (www.blogdamulhermecessaria.blogspot.com)
Lula e Pelé: emoção à flor da pele…
…que invadiu o Rio
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ARTIGO DA SEMANA
AS FACES DA VITÓRIA DO RIO
Vitor Hugo Soares
Semana passada, no plenário da ONU, o presidente Lula reeditou o antigo “sapo barbudo” das lutas sindicais e polÃticas na região do ABC paulista nos anos 70. De cara amarrada e palavras duras, ele atacou os golpistas de Honduras, garantiu abrigo a Manuel Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa, defendeu o direito de retomada do posto de governo pelo presidente eleito, usurpado pelas armas. Em seguida, retomou as vestimentas franciscanas, que lhe têm caÃdo como luva nesta década, para ajudar a produzir , ontem, uma vitória histórica para a América do Sul.
Em Copenhague ele jogou mais um papel tão crucial quanto arriscado. Desta vez, porém, optou estrategicamente pela face do “Lulinha paz e amor”. Assim o presidente do Brasil desfilou esta semana sob o céu da Dinamarca. Cenário sheakespeariano cheio de paixões trágicas e desencontradas; manobras muitas vezes desleais e mal-encobertas; conspirações e traições sem fim de todo lado. Neste cenário Lula entrou de corpo, alma e convicção, mas vestido de modéstia , na defesa vitoriosa do Rio de Janeiro para sede dos Jogos OlÃmpicos de 2016.
Nesta refrega internacional entre Rio, Madri, Chicago e Tókyo, dá gosto e comove ver a imagem de Luiz Inácio Lula da Silva que a televisão transmite de Copenhague para o Brasil e para o planeta inteiro interessado no desfecho da disputa encarniçada. Com o auditório repleto de celebridades mundiais de todos os esportes, das artes, dos negócios e da polÃtica, é praticamente impossÃvel – a não ser por cegueira ideológica ou preconceitos inqualificáveis -, não ser contagiado pela emoção do ex-operário metalúrgico no seu terno azul e elegante gravata nas cores da bandeira nacional, que está na tribuna.
“Essa candidatura não é só nossa, é também da América do Sul, um continente com quase 450 milhões de homens, mulheres e cerca de 180 milhões de jovens, um continente que nunca realizou os Jogos OlÃmpicos. Está na hora de corrigir esse desequilÃbrio. É hora de acender a pira olÃmpica em um paÃs tropical, na mais linda e maravilhosa cidade: o Rio de Janeiro”, dispara Lula, com pontaria polÃtica e diplomática de um campeão olÃmpico de tiro.
Apesar dos argumentos convincentes e irrespondÃveis, esta não foi uma missão fácil. O presidente, Pelé, o governador, o prefeito do Rio, o cineasta Fernando Meirelles com seu filme de beleza e apelo irrecusáveis, além de todos os mais diretamente envolvidos nesta batalha da Dinamarca – e não são poucos – seguramente sabiam disso. E se não sabiam, basta ver a reportagem que o jornal espanhol El Mundo publicou ontem, assinada pelo repórter Fernando Mas.
O texto mostra primorosamente como o Hotel Marriot, nas margens de um dos principais canais de Copenhague, se transformou nesses últimos quatro dias, no centro das conspirações olÃmpicas. A caça e conquista do voto definitivo era a missão de todas as delegações que buscavam até a tarde de ontem, converter-se na sede dos Jogos OlÃmpicos de 2016. Assinala o jornal de Madri:
“O rei Juan Carlos de Espanha em uma suÃte. A rainha Sofia em outra. Zapatero em uma terceira. Todos no sétimo andar do Marriot. O sexto andar está reservado para os negociadores brasileiros, com Lula da Silva à frente. Os delegados que visitavam as suÃtes do sétimo andar eram reclamados em seguida num piso mais abaixo. O terceiro, onde atuava Michelle Obama, a desenvolta primeira-dama dos Estados Unidos”, conta o texto de El Mundo.
Michelle comandou as negociações em favor de sua cidade, até o presidente Obama desembarcar na Dinamarca, na undécima hora, para as manobras do inútil esforço final em favor de Chicago, cuja população parece não chorar muito a derrota, assim como os habitantes de Tókyo, cidade do oriente que já abrigou uma OlimpÃada.
O Rio venceu! Viva o Rio! Nenhum lugar de mundo merecia mais este triunfo magnÃfico. A vitória não será em vão, mas cobra, a partir de agora, o cumprimento das emocionadas e, seguramente, decisivas palavras do presidente brasileiro em Copenhague: “Os que nos derem essa chance não se arrependerão. Os jogos no Rio serão inesquecÃveis (…). Para o movimento olÃmpico será a chance de sentir o nosso sol. Será a chance de falar para o mundo que a OlimpÃada é de todos”.
Bravo! “Viva a sua paixão”, como recomenda o maravilhoso e também decisivo filme de Fernando Meireles mostrado ontem em Copenhague para o mundo. Viva o Rio, com sua gente tão maravilhosa quanto a cidade.
E viva a América do Sul, outra grande vitoriosa de ontem na Dinamarca.
Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mail: vitor_soares1@terra.com.br