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OPINIÃO / SEGURANÇA
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TENTAÇÃO DO FOGO
Alguém já escreveu certa vez: das tentações dos baianos, o fogo é uma das maiores. Na mosca. Fatos das últimas horas parecem dar razão, mais uma vez, ao autor desta palavras.
Estamos falando dos estranhos,audaciosos, mas emblematicos atentados a tiros que atingiram agentes de segurança pública e módulos policiais, além da própria população no dia das comemorações cÃvicas e militares do 7 de setembro.
Ônibus , que servem principalmente às camadas mais necessitadas da população, foram atacados e incendiados em bairros populares nas últimas 24 horas, inclusive na manhã desta terça-feira.
Sinais mais evidentes de ações organizadas e coordenadas por traz disso tudo, impossÃvel. Quanto a este ponto parece haver concordância total entre as polÃcias Civil e Militar, autoridades de governo, polÃticos sempre com acusações ou soluções na ponta da lÃngua (a depender do lado de atuação) e sociedade.
As dúvidas começam na hora de identificar (e punir com máximo rigor) os responsáveis por estas tentativas perigosas de amedrontar a cidade e seus habitantes e visitantes, e mostrar, com fatos irrespondÃveis, a quem tudo isso interessa.
A primeira saÃda é sempre a mais fácil: atribuir tudo ao tráfico e a traficantes, apontar dois ou três prováveis culpados, e deixar que tempo leve tudo ao esquecimento mais uma vez. O Chefe de PolÃcia, cESAR Nunes, parece ter dúvidas ainda, pelo que deixou claro em entrevista coletiva esta manhã, e é bom que as tenha, ao contrário dos que já decidiram que o crime organizado é quem comanda tudo em Salvador, atualmente.
Para Nunes, os incêndios e os atentados a tiros são coisas com motivações e agentes diferentes. “Não vimos ainda uma conexão plausÃvel para os dois fatos”. Ainda bem, mas é essencial que polÃcias – e meios de comunicação também – atuem com rapidez e competência para descobrir quem, efeitivamente está acendendo as tochas que ameaçam incendiar Salvador. E os culpados não devem ser procurados apenas no tráfico, mas também na própria polÃcia e em outras áreas.
Há quem considere estranho, por exemplo, a coincidência do fogo e dos tiros com o anúncio do julgamento de oficiais corruptos detidos no comando da PM há poucos meses. Sem falar nos olhos da imprensa internacional voltados para a Bahia nestes dias de fogo, que antecedem o jogo Brasil e Chile em Pituaçu. “Vamos acordar”, diria o radialista Moura Costa.
Seja como for, é preciso atuar – e o governo não pode se omitir nesta ação – não só para apagar as chamas visÃveis nas últimas horas, mas para extinguir o fogo que grassa há tempo sob o monturo.
( Vitor Hugo Soares )
Pois e Vitor, novamente a onda de violencia recrudesce. Por coincidëncia, a primeira antecendo a campanha para as eleicoes municipais, e esta segunda, no instante em que a campanha de 2010 ja esta nas ruas. Na anterior, ressalte-se, quando ainda presidia a Policia Militar a cupula que esteve no governo de Paulo Souto, mantida por Jacques Wagner, ja deposta e agora julgada por corrupcao. A seguranca, mais uma vez, serve de mote para campanhas eleitorais, com gente tentando, pelo medo, mudar as coisas. Concordo com suas colocacoes. Ha interesses em jogo, esta obvio, e muito o que apurar. Lembrando Cazuza – Brazil (Bahia)mostra sua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim, Brasil qual e o teu negocio, o nome do teu socio,confia em mim… ou Te chamam de ladrao, de bicha, maconheiro, transformam o pais inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro…