Aécio ao lado do avô no hospital: “rompeu tudo”.
=============================================
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que recebeu o tÃtulo de cidadão baiano nesta quinta-feira, 3, em cerimônia concorrida na Assembléia Legislativa, se emocionou a ponto de embargar a voz em vários momentos e precisar fazer pausas prolongadas para se recompor e conter lágrimas.
Mas isso não aconteceu no plenário da Assembléia, onde discursou e recebeu a honraria, e sim durante a longa, reveladora e comovente entrevista que Aécio concedeu no inÃcio da noite, na Rádio Metrópole, no programa de Mario Kertesz. Na conversa, conduzida com estilo de um âncora que sabe falar e ouvir,o governador contou fatos e detalhes segundo ele jamais revelados sobre os últimos dias do avô Tancredo Neves. Depois da conversa, muitos ouvintes ligaram, alguns também ainda emocionados, para elogiar entrevistado e entrevistador.
Hospitalizado na véspera de tomar posse na presidência da República, vitima de uma aparentemente banal crise de diveticulite, Tancredo não parou mais de sofrer até a morte no dia 21 de abril, depois de sucessivas falhas médicas e hospitalares que beiraram o absurdo”, segundo o governador mineiro.
“Eu não merecia isso!”. Segundo Aécio foram estas as últimas palavras ditas por seu avô, segurando seu braço, nos derradeiro momentos de vida.No dia seguinte à cirurgia realizada no Hospital de Base de BrasÃlia, o presidente pressentiu o desastre ao levantar-se do leito pela primeira vez:
“Rompeu tudo”, disse Tancredo ao neto, ao sentir que os pontos da cirurgia se haviam rompido. Depois foram mais sete sofridas cirurgias nas mãos de profissionais sem competência técnica e em hospital sem controle e organização gerencial.Aécio ficou compungido até quase as lágrimas ao recordar que mais de 40 pessoas tiveram acesso à area restrita onde o presidente Tancredo estava internado em tratamernto de alto risco de infecção.
Quando Tancredo estava sendo transferido de maca do apartamento para o centro cirúrgico do HB, alguém que a famÃlia não conseguiu identificar, chegou a levantar o lençol que cobria o rosto do presidente, para ver o seu estado.
“Algo incrÃvel”, falou com voz embargada o governador de Minas. Foi então que a famÃlia decidiu, a qualquer custo, tranaferir o presidente eleito para o Hospital das ClÃnicas, em São Paulo .
Mas já era tarde demais. No hospital paulista os sofrimentos de Tancredo Neves continuaram, até o suspiro final.
“O resto todo o povo brasileiro conhece”, disse Aécio Neves na entrevista na Metrópole.
Jornalismo é isso. De primeira!.
(Vitor Hugo Soares, editor)
Acredito que Aécio poderá contribuir muito com Minas e com o Brasil, pois herdou a força e o espÃrito democrático do avô e ainda constrói sua própria história através de uma gestão eficiente que conquistou 90% de aprovação dos mineiros. Aqui ele dá um exemplo de democracia:
Abçs,