A suspeita de anos virou agora uma constatação irrefutável:
Estudo da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) identificou que o baiano é o que mais desconfia da Justiça de seu Estado. A pesquisa, divulgada no jornal A TARDE, mediu o Índice de Confiança no Judiciário (ICJBrasil) nas sete principais regiões metropolitanas do País, que abrigam 1/3 da população nacional. Enquanto a Região Metropolitana de Salvador (RMS), que comporta 12 cidades, está em último, com um índice de 63 pontos, a de Porto Alegre está em primeiro, com 67, numa contagem que vai de zero a cem. A média nacional foi de 65 pontos.
A FGV, para chegar aos resultados divulgados nesta terça, 01, em São Paulo, entrevistou 1.636 pessoas, sendo 104 na capital baiana, entre abril e junho deste ano. A partir de agora, a pesquisa passa a ser trimestral.
Dados divulgados mês passado pelo CNJ já mostravam pistas do desastre vergonhoso anunciado esta semana, ao revelar o baixo investimento do Tribunal de Justiça da Bahia na informatização de procedimentos e o número reduzido de funcionários e juízes. Além, é claro, das graves denúncias de vendas de sentenças por parte de juízes e desembargadores, revelados pela Operação Janus, seguidas de intervenções do Conselho Nacional de Jusriça.
Diante do resultado mais que justo (e esperado) do estudo, quanto à péssima avaliação que os baianos fazem de se judiciário, Bahia em Pauta lança a pergunta que não quer calar:
Teremos providências, ou tudo ficará na mera constatação da vergonha?
(Vitor Hugo Soares)
Posso afirmar, por experiência própria, que é a pior do País. Meu esposo tem um pro
Pobre de quem precisa dela! Há casos de processos com 10 e até 15 anos nas varas cíveis e do consumidor.
É a mais morosa e uma das mais corruptas, sem sombre de dúvida. E o pior é que todo mundo sabe, até os “nobres” promotores de justiça sabem muito bem quem está sujo e quem não está, mas ninguém quer meter a mão em cumbuca, que não é besta…
Viram o que ocorreu com a operação Janus? Além do inquérito ter sido mal fundamentado, parece ter sido feito às pressas. O MP se acovardou, com a desculpa de que não havia provas suficientes pra dar o bote em certos juízes e desembargadores. Será que não havia provas mesmo, ou simplesmente não procuraram o suficiente? Sofreram foi muita pressão, certamente.
E é evidente que o MP estadual não tem condições de promover uma investigação dessa, pela proximidade que existe no meio jurídico, e também pelas pressões que sofrerão, com risco de vida, inclusive. Quem está mamando nas tetas há anos (décadas, alguns) não há de largar assim tão fácil.
Quem deveria promover essas investigações era o MP federal.