Menos pobres apesar da crise/DN-Lusa
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Deu em Portugal:
A conclusão do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(IPEIA), revelando que cerca de quatro milhões de brasileiros saÃram da condição de pobreza nas regiões metropolitanas do paÃs nos últimos sete anos, mereceu nesta quarta-feira (5) maior destaque no Diário de NotÃcia, jornal de grande circulação em Portugal, que na maioria dos principais jornais brasileiros.
Ilustrada com uma bela foto da estátua do Cristo Redentor, no alto do Corcovado, que parece flutuar sobre a cidade do Rio de Janeiro, a reportagem destaca também que, apesar da crise mundial, o Brasil continuou a diminuir a pobreza e a desigualdade nas principais regiões metropolitanas do PaÃs, incluindo Salvador.
De acordo com o estudo, o número de pobres no Brasil caiu de 18,5 milhões em Março de 2002 para 14,5 milhões em Junho deste ano. Na avaliação do presidente do IPEA, Marcio Pochmann, a queda deve-se ao aumento do ritmo da expansão económica brasileira a partir de 2004, à recuperação do emprego, elevação do salário mÃnimo e a programas de transferência de renda, principalmente o Bolsa-FamÃlia, que atinge os 20 por cento mais pobres da população.
A matéria do DN assinala que , ao contrário do que se verificou em perÃodos anteriores de crise – 1982 a 1983, 1989 a 1990 e 1998 a 1999 – houve uma redução da pobreza no Brasil de Outubro de 2008 a Junho de 2009, quando o Brasil sentiu as turbulências internacionais. Em plena crise mundial, a taxa de pobreza no Brasil caiu 2,8 por cento, com 503 mil pessoas a saÃrem da miséria.
Para Pochmann, isso é fruto de decisões do actual governo e também de administrações anteriores que ajudaram a construir uma rede de protecção social para os segmentos mais vulneráveis da sociedade brasileira. O estudo do IPEA registou também queda na medida de desigualdade na renda para as seis principais regiões metropolitanas brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre – durante as turbulências internacionais.
Pochmann destacou que a crise no Brasil, que atingiu mais o sector industrial, acabou por favorecer a redução da desigualdade. “Houve uma redução das maiores remunerações frente à crise e, ao mesmo tempo, mantiveram-se as polÃticas de proteção dos rendimentos daqueles que estão na base da pirâmide social”, explicou.
O economista salientou, entretanto, que a distribuição de rendimentos no Brasil ainda é insatisfatória. “O Brasil precisa de uma ação contÃnua ao longo dos anos, porque a desigualdade de rendimento do trabalho nas regiões metropolitanas está nove pontos percentuais acima do que seria considerado civilizatório”, concluiu.
(Postado por: Vitor Hugo Soares, com informações do Diário de NotÃcias, de Lisboa, e agência de notÃcia LUSA)