E para fechar musicalmente o dia e a participação do Bahia em Pauta nas celebrações dos 460 anos de fundação de Salvador, a escolha recai mais uma vez sobre Caetano Veloso. Agora ao lado do parceiro de Tropicália Gilberto Gil, ele interpreta “Tradição”, de sua autoria e com tudo a ver com a cidade da Bahia de um tempo que passou deixando saudades, apesar dos problemas de então, que a letra da canção que ficou mais conhecida como “A Garota do Barbalho” registra tão bem. O vÃdeo foi feito durante o show de 25 anos da Tropicália, em 25 de setembro de 1993, no Anhembi, em São Paulo. Curtam e boa noite! (Vitor Hugo Soares)
Estou aqui muito lonje, nos States, mas qdo abri e escutei essa musica cantata, maestralmente, por Cae, deu uma vontade danada de voltar aquele tempo e reviver tudo!!!!!!!! VALEU!!!!!!!!!!
Tudo azul? Ouço nas trilhas altissonantes do cotidiano que o tempo não destruiu meu querido velho cumprimentando-o na Rua do Jenipapeiro, em Nazaré, onde morávamos. Você passava defronte ao portão da casa de número 80 e, quase sempre, parava para trocar idéias com Seo Nogueira. Mais que um vizinho, um amigo e grande admirador seu. Na hora do almoço e do jantar, o velho estava, ali, regando, carinhosamente, as plantas do nosso jardim, como parecia fazer, também, nos bate-papos com você, que havia acabado de diplomar-se em jornalismo integrando uma das primeiras turmas do curso, então, componente da estrutura da Faculdade de Filosofia da Ufba. Era 1968, você e meu irmão mais velho saiam diplomados de lá e eu entrava, na mesma faculdade, para cursar o primeiro dos quatro anos do mesmo curso que, a partir de 1969, iria abrigar-se sob a cumeeira da Escola de Biblioteconomia e Comunicação da querida universidade, no Vale do Canela, embrião do embrião da atual Facom. Você, depois, voltaria a freqüentar a Ufba, como estudante de Direito. Eu, após a formatura, em jornalismo, em 1971, fiquei, no meio do caminho, diante de algumas escolhas profissionais a fazer.Ou o trabalho, com viagens constantes, ou a Escola de Direito. Deu a primeira, na cabeça. E não me arrependo. O jornalismo, assim como minha famÃlia, é minha vida.
Aqui, diante do computador, conferindo as últimas nos sites de Samuel Celestino, Jolivaldo Freitas, Tasso Franco, Alex Ferraz e do seu, dentre outros,de repente, fico a pensar:
Como tanta coisa mudou do tempo em que residÃamos no bairro de Nazaré, para essa Salvador que acaba de completar 460 anos de fundada, irmão! Jamais imaginaria, por exemplo, naqueles anos, a possibilidade de vir a ter que opinar sobre a criação de um centro de manutenção das tradições baianas, em pleno solo soteropolitano, como forma de preservar a cultura da Boa Terra.
Nesta segunda-feira, entre os sustos provocados pelo alarmante número de assassinatos na capital do berimbau, a saudade dos bons tempos de Nazaré e a convivência com realidade do dia-a-dia, desejo-lhe, uma semana azul, repleta de boas notÃcias, como, por exemplo, a revogação da Lei de Imprensa, pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ), e a manutenção, por aquela Corte, da exigência do diploma para o exercÃcio da profissão de jornalista no Brasil. Um abraço. Azul.
Gilson Nogueira